Representação nacional: uma entidade para cuidar dos interesses do artesanato brasileiro
Com uma história profundamente ligada à organização e profissionalização do artesanato brasileiro, o Centro CAPE esteve envolvido, por duas vezes, em movimentos pela criação de uma entidade nacional para a defesa dos interesses do segmento. O primeiro deles foi a tentativa de se criar a Organização Brasileira de Artesanato (OBRART), para agregar associações e cooperativas de artesãos de todo o território brasileiro. A falta de visão de auto sustentabilidade e de autogestão do artesão brasileiro impediu o êxito da iniciativa.
Pelo mesmo motivo, também foi frustrada a tentativa de se criar a Associação Brasileira de Artesanato (ABRA). A entidade, que não chegou a ser legalizada, teria como objetivo central o apoio ao segmento artesanal. O Centro CAPE se mantém firme na posição pela criação de uma entidade nacional de apoio e promoção do artesanato brasileiro, mas considera que a instituição deva nascer da vontade e disposição das lideranças do segmento, não só por iniciativa de sua diretoria.
Caberia a essa entidade iniciativas como:
- Promover e estimular o estudo e a formulação de propostas que contribuam para a solução de problemas que afetam a atividade artesanal, principalmente nas áreas técnica, gerencial, mercadológica e fiscal tributária;
- Criar mecanismos de apoio à produção interna do artesanato, visando à expansão de sua comercialização no País e no exterior;
- Prestar qualquer serviço que possa contribuir para o fomento e racionalização das atividades artesanais;
- Proporcionar a melhoria do convívio entre esta classe através da integração de seus associados;
- Oferecer aos associados e seus dependentes, atividades econômicas, culturais, desportivas e sociais, melhorando suas condições de vida;
- Fomentar e assistir o artesão particularmente no seu aperfeiçoamento técnico profissional;
- Dar apoio técnico e institucional a seus associados, às cooperativas e associações de artesãos;
- Colaborar com a preservação do meio ambiente;
- Promover ou apoiar diretamente a comercialização dos produtos artesanais, tanto no mercado interno, quanto no mercado externo;
- Constituir-se em Centro de Documentação e Informação, sistematizando e divulgando dados técnico-econômicos de interesse do setor artesanal.